18.2.10

GREVE PARALISA OBRAS DA TRANSPOSIÇÃO

Diário do Nordeste - Regional Regional RIO SÃO FRANCISCO (6/2/2010)


NO CANTEIRO DE OBRAS, em Mauriti, os 40 caçambeiros pararam de fazer o carregamento de areia. Caso a falta de pagamento persista, o cronograma da obra pode atrasar



Ontem de manhã, começou nova paralisação de caçambeiros nas obras da transposição

Mauriti Mais uma vez, foram paralisadas as obras de construção do canal de transposição das águas do São Francisco, no lote-6, entre Mauriti e Brejo Santo. Os 40 caçambeiros que prestam serviços ao Consórcio Nordestino, formado pelas construtoras EIT, Delta e Getel, que administra a obra, entraram em greve. Eles argumentam que não estão recebendo o pagamento e que o consórcio não está cumprindo o acordo feito, no mês de dezembro, para pagar os vencimentos atrasados. Segundo afirmam, o valor está em torno de R$ 3 milhões.


"Dos 85 caminhões e máquinas que trabalhavam no lote-6 restam apenas 40", diz o terceirizado José Maurício Porto Júnior, proprietário de quatro máquinas, esclarecendo que os outros pediram desligamento por falta de pagamento. Ele garante que só volta ao trabalho quando for assinado outro acordo com a presença de um representante do Ministério da Integração Nacional. Além da greve, os manifestantes fecharam os acessos para as jazidas com o objetivo de impedir o acesso de veículos.


Por enquanto, as máquinas do consórcio ainda estão operando no trecho de 40 quilômetros, espalhando terra e retirando pedras. "No entanto, se a greve tiver continuidade, a paralisação será total", afirma um dos operários, que prefere não ser identificado. Esta é a segunda paralisação que ocorre no lote-6. No mês de dezembro, os caçambeiros cruzaram os braços durante cinco dias em protesto contra a falta de pagamento. Na oportunidade, a culpa foi colocada na Tenit Terrapalagem de Locação, uma construtora terceirizada que sublocou parte das obras.


Entre os caçambeiros, a revolta é geral. Eles dizem que estão cansados de esperar. O caçambeiro Ricardo Artur Pereira esclarece que, anteriormente, prestavam serviços à Tenit, empresa que foi desligada da obra. Agora, o contrato foi feito diretamente com o consócio, mas o pagamento continua em atraso. Os manifestantes afirmam que está havendo um descompasso entre a medição feita pelo consórcio e os números apresentados pelos terceirizados.


O maranhense Sami Cosme Araújo, que representa outros caçambeiros do Rio de Janeiro, engrossa a lista de críticas ao Consórcio, dizendo que eles pagaram apenas 10% do que foi acordado no fim do ano passado, depois que um representante do Ministério da Integração Nacional esteve no canteiro de obras em Mauriti.


O gestor do contrato do Consórcio Nordestino, Lamarque de Melo Oliveira, disse que as reivindicações são exclusivamente dos empreiteiros credores da Tenit. "Portanto, o Consórcio Nordestino reafirma que todos os compromissos do contrato com a Tenit foram honrados e que, no momento, o contrato com a empresa está rescindido", afirma, acrescentando que a decisão foi tomada pelo Consórcio, mesmo acarretando prejuízo de cerca de R$ 600 mil para o mesmo. Completa que os representantes do Consórcio estão tomando todas as providências para que não aconteça qualquer tipo de paralisação.

Um comentário:

RRDISTRIBUIDORA disse...

Trabalei com 10 caçambas na obra da transpossição em salgueiro, locado a TENIT e sublocado a EIT, no periodo de 28 de agosto de 2009 a 17 de setembro de 2009, e não recebi minha médição de R$ 65.000,00, pesso ajuda para encontrar os responsáves da TENIT, pois os mesmos dessapareceram e não atendem os telefones
Rômulo Medeiors
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